O que tem para comer perto de sua casa pode influenciar a alimentação do seu filho?

Sim, o que está disponível para comer perto de casa pode ter um impacto significativo na alimentação de uma criança. A proximidade de locais que vendem alimentos pode depender tanto das escolhas alimentares quanto dos hábitos de consumo da família. Esse foi o tema de estudos da renomada revista internacional JAMA Pediatrics.

O ambiente em que uma criança vive desempenha um papel crucial na formação dos seus hábitos alimentares e, consequentemente, na sua saúde a longo prazo. Esse impacto se dá por meio de vários fatores que envolvem tanto o ambiente familiar quanto o contexto social e a oferta de alimentos ao redor.

Estudo realizado pela Universidade de Harvard, registrado pela revista internacional JAMA Pediatrics, concluiu que 28.359 crianças onde a residência ficava em bairros de baixa renda e baixo acesso a alimentos durante a gravidez ou na primeira infância, e não havia oferta fácil de frutas, verduras e legumes, apresentavam um risco de 50% maior de serem diagnosticadas com obesidade severa, durante a infância e a adolescência.

Além de morarem distantes de estabelecimentos comerciais que ofertam alimentos saudáveis, essas crianças tinham por perto apenas estabelecimentos comerciais de fast-food ou pequenos comércios de prateleiras repleto de doces e guloseimas. A exposição constante a redes de fast-food, padarias, e lojas com alimentos ultraprocessados ​​(como salgadinhos e refrigerantes) pode levar as crianças a desenvolverem preferências por esses alimentos, que geralmente são ricos em calorias e pouco ou quase nula a qualidade nutricional. Essa disponibilidade não só aumenta a frequência com que a criança consome esses produtos, mas resulta em uma menor variedade de alimentos, aumento da seletividade alimentar ou mesmo recusa por parte da criança, à comida de verdade durante a fase pré-escolar.

A obesidade na primeira infância tem consequências na saúde das crianças, que muitas vezes se estende até a vida adulta. Esses impactos são físicos, psicológicos e sociais, tornando a obesidade infantil um importante fator de risco para diversas condições de saúde ao longo da vida. Esse estudo nos alerta não apenas para mudanças no ambiente familiar, escolar e social mas também para a importância de políticas públicas em tornar os alimentos saudáveis mais acessíveis, incentivando a abertura de estabelecimentos comerciais com oferta de alimentos in natura ou minimamente processados em bairros menos favorecidos.

Orientar a criança e a família sobre a importância de uma alimentação equilibrada desde cedo, incentivando o consumo de alimentos naturais podem promover uma alimentação equilibrada que irá previnir a obesidade de seu filho

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Elen Regina Duarte

Nutricionista

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