Segundo dados da literatura a grande maioria das crianças tidas como apresentando dificuldade alimentar pelos pais não apresentam tal condição.
Diferenciar crianças “normais” com pais preocupados de crianças com condições fisiológicas ou leves, mas reconhecíveis e tratáveis, é desafiador, mas necessário.
Se os pais interpretam essa condição como patológica e de forma ansiosa, adotam práticas alimentares inadequadas e podem precipitar o desenvolvimento de uma dificuldade alimentar. Assim é importante identificar quando a recusa alimentar está se tornando grave, abaixo alguns pontos que devemos observar:
1.Se a curva de crescimento estiver adequada, ou seja, se a criança está ganhando peso e crescendo adequadamente, é sinal de que a quantidade de alimentos ingeridos está apropriada.
2.Os horários em que são ofertadas as refeições. Vejo muitas mães oferecendo lanches ou mamadeira próximo as refeições principais, dessa forma a criança não terá fome para almoçar.
3.Observe se a criança deixa de comer um grupo alimentar completo. Por exemplo a criança vem recusando todo o grupo de proteínas, ou seja, recusa carnes, leite e derivados e leguminosas (feijões).
4.Cuidado com a oferta de líquidos próximo aos horários das refeições. Líquidos devem ser ofertados 30 minutos antes ou 2h depois e devem ser evitados durante as refeições. Líquido com comida, estufa o alimento dando a sensação de saciedade e portanto cortando o apetite.
Tenha paciência!
Algumas vezes as crianças apresentam um perfil antropométrico menor, com apetite compatível com a sua condição física. Ao final do primeiro ano de vida ocorre fisiologicamente uma redução no ganho ponderal, quando comparado aos primeiros seis meses de idade, e com isso a ingestão é adaptada naturalmente.
Não desista!
A SBP recomenda oferta de 8 até 15 vezes o mesmo alimento, em momentos diferentes, em preparações variadas. A criança está em desenvolvimento e seus hábitos alimentares também podem mudar ao longo do caminho 💚
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